INFORMATIVO N° 1.433

INFORMATIVO N° 1.432
11 de maio de 2020
INFORMATIVO N° 1.434
11 de maio de 2020

NOTA DE ESCLARECIMENTO DOS PRODUTORES DE LEITE AOS CONSUMIDORES

Em todas as situações, sempre há o vilão e o mocinho. Na cadeia produtiva do leite não é diferente. A FETAG-RS está indignada pois, mais uma vez, o produtor está sendo considerado o vilão ao levar a culpa pelo aumento do preço do leite nas prateleiras dos supermercados.

O agricultor, mesmo sendo a parte mais fraca da cadeia, continua, em conjunto com sua família, produzindo com qualidade e garantindo o abastecimento do mercado. O valor dos insumos para a produção aumentou consideravelmente com a pandemia do Covid-19. A forte estiagem que assolou o Rio Grande do Sul reduziu a produção em cerca de 20%. A renda do produtor está cada vez mais reduzida e em muitos casos negativa, pois o preço pago ao litro de leite está estagnado, aliado ao aumento do custo de produção.

Outro elemento importante é que os agricultores apenas têm conhecimento do valor que receberão pelo litro de leite, 45 dias após a entrega do produto para a indústria. Deste modo, queremos deixar claro, que não é o produtor que coloca o preço no seu produto.

Frente a todo este cenário, é possível afirmar que o consumidor paga cerca de 200% a mais pelo litro de leite em relação ao valor que o agricultor recebe.

Para esclarecimento, a cadeia é formada pelo produtor – indústria – distribuidor – supermercado – consumidor. Se o produtor recebe pouco e o consumidor paga muito, quem está ganhando dinheiro nesta cadeia?

Os agricultores e consumidores querem uma explicação aceitável das indústrias, dos distribuidores e dos supermercados sobre quem está lucrando em todo este processo. Pois, os agricultores estão cansados de serem considerados os vilões de uma história construída pela grande indústria, pelos monopólios comerciais, pelos elos mais fortes da cadeia que detêm o poder econômico da sociedade.

ORIENTAÇÃO PRORROGAÇÃO DE DÍVIDAS

Como é de conhecimento de todos, o estado do Rio Grande do Sul está passando por uma severa seca que assolou as culturas de verão e a pecuária familiar. A FETAG-RS não vem medindo esforços para conseguir medidas que auxiliem os produtores nesse momento. Tivemos avanços com novas resoluções anunciadas pelo Banco Central, contudo a informação ainda não está nas agências bancárias. Deste modo, estamos enviando a orientação sobre as formas de solicitar a renegociação/prorrogação para que no momento em que a informação chegar nas agências bancárias os agricultores já tenham entrado com o pedido.

MUNICÍPIOS SEM DECRETO DE EMERGÊNCIA

Prorrogação amparada pelo MCR 2-6-9 (EM ANEXO)

Independente de consulta ao Banco Central, os bancos podem prorrogar as dívidas rurais quando comprovada a incapacidade de pagamento do mutuário por dificuldade de comercialização, frustração de safra ou eventuais ocorrências prejudiciais ao cultivo em até 05 anos. Entram nessa modalidade de prorrogação as operações de custeio e de investimento.

Para que isto seja feito, é preciso que o agricultor se dirija ao banco para solicitar a prorrogação. O banco irá solicitar um laudo de um técnico agrícola ou engenheiro agrônomo para demonstrar a perda e a capacidade de pagamento da dívida, ou seja, a receita estimada que o agricultor terá e por quantos anos será prorrogada a operação. Feito isto, o banco irá fazer um aditivo no contrato para prorrogar a operação no período pactuado.

Obs. 01: De preferência procurar a agência antes do vencimento da operação.

Obs. 02: O laudo aqui mencionado não é laudo do Proagro, mas um laudo específico de cada banco que deve ser assinado por técnico agrícola ou eng. agrônomo.

MUNICÍPIOS COM DECRETO DE EMERGÊNCIA HOMOLOGADOS

Prorrogação amparada pela resolução Bacen nº 4.802 de 09/04/2020

As operações aptas à renegociação são aquelas em situação de adimplência em 30 de dezembro de 2019, vencidas ou vincendas de 1º de janeiro de 2020 a 30 de dezembro de 2020, inclusive aquelas prorrogadas por autorização do Conselho Monetário Nacional (CMN).

Locais aptos: em municípios com decretação de situação de emergência ou estado de calamidade pública no período de 1º de janeiro de 2020 até 9 de abril de 2020, reconhecida pelo Governo Estadual. O decreto que foi aprovado dentro desta data no munícipio, estará apto.

Custeio: parcelamento em até 7 (sete) anos, de acordo com o período de obtenção de renda;

Investimento e operações de custeio já prorrogadas: para até 1 (um) ano, após o vencimento final do contrato.

Ressaltamos que a FETAG-RS não concorda com a medida que limita a data dos decretos de emergência, e em ação conjunta com a FAMURS está trabalhando para alterar a resolução e permitir que os municípios que ainda estão decretando possam ser contemplados.

Em relação ao crédito emergencial de R$20 mil, a FETAG-RS está trabalhando para adequar a linha de crédito, pois da forma que foi publicada há muitas problemáticas para implementa-la.

Sabemos que o governo não atendeu todas as propostas que solicitadas, mesmo assim as medidas que foram publicadas trouxeram um fôlego momentâneo ao produtor. O desafio do movimento sindical agora, é lutar para que estas medidas sejam readequadas para contemplar o máximo de produtores e seguir lutando para buscar o que não fomos atingidos.

DE HORTA A VINHO: CONFIRA CURSOS ONLINE SOBRE AGRO PARA FAZER DE GRAÇA NA QUARENTEN

A quarentena imposta pela pandemia do coronavírus pode ser a chance para colocar em dia aquela capacitação ou descobrir novas habilidades sem sair de casa nem gastar. A temporada de cursos online e gratuitos está aberta e com oportunidades interessantes para o agro.

A Embrapa está abrindo vagas para 14 cursos grátis neste mês. As inscrições são pela plataforma e-Campo. Os conteúdos são feitos por equipes técnicas da Embrapa, adequados ao público-alvo e à educação à distância. Os participantes terão direito a certificado.

A lista é composta de opções tanto para o público urbano e rural. A Embrapa Hortaliças preparou o curso “Hortas em pequenos espaços”. Já a equipe da Embrapa Agrobiologia está oferecendo o curso “Compostagem”.

Há também opções na área de produção leiteira, como “Amostragem, coleta e transporte do leite”, “Silagem de milho e sorgo para gado de leite” e “Silagem de capim para produção de leite de qualidade”, disponibilizados pela Embrapa Gado de Leite.

O curso “Introdução a biofortificação”, ofertado pela Embrapa Agroindústria de Alimentos, demonstra como a ciência vem trabalhando para oferecer alimentos mais saudáveis à população.

Enólogo amador

Entender de vinhos pode levar um certo tempo, mas definitivamente requer conhecimento prático. Harmonização, conhecimentos sobre castas e regiões e conversas com profissionais do vinho estão disponíveis em cursos e aulas online feitas por entidades do setor.

A escola The Wine School (@thewineschoolbrasil) está promovendo uma série de lives para conversas com profissionais do vinho mediados por professores da instituição.

As importadoras de vinhos também têm feito transmissões ao vivo pelo Instagram com cursos, dicas e bate-papos. Nos perfis da WinE Vinhos (@winevinho), Zahil (@zahilvinhos) e Portus (@portuscalevinhos) são alguns exemplos.

 

Fonte: Revista Globo Rural

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