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INFORMATIVO N° 1.436
11 de maio de 2020
INFORMATIVO N° 1.438
11 de maio de 2020

MAPA PROÍBE COMERCIALIZAÇÃO DE VACINAS CONTRA FEBRE AFTOSA NO RS

 

Em mais uma etapa no processo de evolução do status sanitário do Rio Grande do Sul para zona livre de febre aftosa sem vacinação, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou, na última quinta-feira (30) a Instrução Normativa que determina a proibição de comercialização e de aplicação de doses da vacina contra a doença.

 

A medida é mais um passo fundamental para que em breve o Estado possa pleitear junto a Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) a evolução do status sanitário, considerado por entidades, dentre elas a FETAG-RS, como uma oportunidade para que os produtos agropecuários gaúchos possam chegar a novos mercados.

Para o presidente da FETAG-RS, Carlos Joel da Silva, “a retirada da vacinação é importante, pois não podemos permitir que o Rio Grande do Sul seja o único Estado na Região Sul que não possua o status de livre de febre aftosa sem vacinação. No entanto, precisamos ter responsabilidade e seguir todas as orientações do MAPA e dos demais órgãos de saúde animal para garantir a qualidade e a sanidade de nossos rebanhos”.

O estado de Santa Catarina, atualmente, é o único no Brasil que possui o reconhecimento de zona livre de aftosa sem vacinação. O Paraná, já está em vias de obter a certificação, pois cumpriu a última etapa da imunização no segundo semestre de 2019 e já não vacinou em 2020.

Vale lembrar que a primeira etapa de vacinação de 2020 do Rio Grande do Sul foi antecipada para março e concluída no mês de abril. Em virtude da pandemia de Coronavírus que afetou o funcionamento de estabelecimentos públicos e privados, a FETAG-RS solicitou ao Governo do Estado o cancelamento de multas aplicadas aos agricultores e pecuaristas familiares. “As recomendações das autoridades era a de que as pessoas ficassem em casa. O criador não podia sair para comprar vacinas e os que saíram, em alguns municípios, não encontraram as doses nas agropecuárias para venda. Eles não podem ser penalizados. Pedimos o cancelamento de todas as multas e estamos aguardando posicionamento do secretário Covatti Filho”, completa Joel.

 

 

 

FETAG-RS COBRA ESCLARECIMENTOS SOBRE COMPRA DE MERENDA ESCOLAR

 

Eugênio Zanetti, vice-presidente da FETAG-RS, e o deputado estadual Elton Weber estiveram nesta quarta-feira (29), em audiência na Secretaria da Educação do Estado. Eles foram recebidos pelo o secretário Faisal Karam. Na pauta, esclarecimentos sobre compra de kits de alimentação para os estudantes do Estado e a continuidade das aquisições da agricultura familiar, conforme determina a lei.

 

O questionamento destinado a Seduc refere-se a informações de que o Estado adquiriu produtos do atacado, deixando de fora a agricultura familiar e contrariando a legislação federal que determina que 30% dos alimentos destinados a alimentação escolar sejam oriundos de pequenos produtores.

 

De acordo com o secretário Faisal Karan, a compra ocorreu por questões de logística de distribuição, já que se tratou apenas um fornecedor, e, ainda, em virtude do preço pago ter sido menor que a média de mercado, destinando-se diretamente a família, sem passar pelas escolas.

 

O recurso de R$21,7 milhões, sendo R$9 milhões do provenientes do Estado e R$12,7 milhões do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), possibilitou a compra de 185 mil cestas básicas, beneficiando famílias de estudantes afastados das escolas devido a pandemia do Coronavírus.

 

De acordo com o Eugênio Zanetti, a FETAG-RS lamenta que a lei não tenha sido cumprida antes, no entanto, “saímos da reunião com o compromisso assumido pelo secretário de que, no mês de maio, R$6 milhões serão destinados exclusivamente para compra direta da agricultura familiar gaúcha. Juntamente com o deputado Elton Weber cobramos a Secretaria da Educação e obtivemos sucesso na demanda”.

 

Também participou da reunião o diretor de compras da Seduc Joel Rech.

 

 

 

 ÁREA DE TRIGO DEVE SER MAIOR NO PAÍS

 

A safra de trigo de 2019 foi de 5,2 milhões de toneladas (queda de 3,9%), segundo a Conab. Ainda segundo o órgão para suprir a demanda interna em fevereiro/2020, o Brasil importou 526,1 mil toneladas de trigo. Desse total, 87,5% foram de origem argentina, 6,91% dos Estados Unidos, 4,73% de trigo proveniente do Paraguai e 0,76% de origem francesa.

 

A safra 2020 foi tema de um webinar promovido pela Biotrigo. A empresa trabalha com melhoramento genético e novas cultivares do cereal em 72 áreas experimentais na América do Sul, sendo 50 destas no Brasil. Segundo o gerente comercial para a América Latina, Fernando Wagner, as questões cambiais têm impactado os moinhos. “Em 21 de fevereiro o dólar batia o recorde de R$ 4,40 mas em 25 de abril já era R$ 5,68.

Para que a cadeia do trigo ande é necessário se colocar no lugar dos moinhos. Cada vez mais o moinho vai preferir trigo nacional desde que atenda às suas exigências de qualidade. Aí há mercado para avanço da produção”, destaca.

 

Wagner ainda explica que um moinho que fica no Rio Grande do Sul ou Paraná vai importar trigo a uma média de R$90 a saca. Em via fluvial para Paraná e Mato Grosso do Sul está chegando por R$86 “mas os moinhos ainda estão resistentes com esses preços e quem pode segurar, segura”, diz.  Em São Paulo compra-se muito trigo produzido dentro do estado. No nordeste, especialmente a Bahia, o trigo dos EUA chega a mais de R$1.700 a tonelada e por isso há incentivo para investir em plantio do cereal na região e no Cerrado onde há aptidão climática para a cultura.

 

Área de trigo deve crescer

 

O Rio Grande do Sul deve ter aumento de área de 15 a 20%, podendo chegar a  900 mil hectares. A estiagem forte no último verão que trouxe perdas em milho e soja e o trigo entra como fonte de renda no inverno, sendo mais vantajoso economicamente, neste momento, do que uma cobertura ou pousio. “O preço do milho pode impactar rações e fazer com que a indústria busque o trigo como alternativa e também tem a resistência às ervas daninhas onde não há manejo no inverno e nisso o trigo é aliado para a próxima cultura”, ressalta Wagner.

 

Santa Catarina deve manter área, com no máximo 5% de alta. O preço do trigo é atraente mas o milho está em alta em um Estado que tem destaque em produção animal.

 

No Paraná o cenário previsto no começo deste ano era de de alta de 10 a 12 % mas com o preço do milho atrativo o produtor expandiu sua área deixando menos para o trigo. A alta projetada neste momento é de 5%. O avanço deve ocorrer no Oeste onde há mais frio e produtor de milho recuou, não semeando a safrinha fora da janela, em função de geadas”, completa.

 

Já São Paulo e o Cerrado, em estados como Minas Gerais, Goiás e até na Bahia, têm se destacado em qualidade do trigo. A expectativa é de aumento de 10% na área. “Há uma busca grande pelo trigo porque colhem em tempos de escassez de moinho, na entressafra, beneficiando os preços”.

 

Fonte: Portal Agrolink

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